quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Adaptação da série Harry Potter estreia em Pelotas

Esperado há muito tempo pelos fãs de todo o mundo, Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 1, um dos filmes mais comentados do ano, teve sua pré-estreia na madrugada desta sexta-feira em Pelotas. Assim como em outras cidades do Estado, a adaptação do livro de J.K. Rowling, movimentou as salas 1 e 2 do Cineart, onde foi exibido em duas versões, dublado e legendado.

Muito antes do início da projeção o movimento no cinema já era grande. Na quarta-feira, os ingressos para as duas sessões haviam se esgotado. De acordo com João Conforti, gerente do Cineart, até as 16h de ontem cerca de 1400 ingressos já haviam sido vendidos. Para hoje, das seis sessões disponíveis, cinco já estão lotadas. “A procura também é muito grande para o final de semana e para a próxima quarta-feira, dia 24”, afirma João Conforti.

Segundo ele, a expectativa é que os dez primeiros dias de exibição de Harry Potter e as Relíquias da Morte sejam de sessões lotadas e ingressos esgotados com antecedência. Giovana Recuero, de 15 anos, garantiu seu ingresso para a próxima semana. “Estava esperando há muito tempo para assistir este filme, desde quando foi anunciada a estréia”, conta a estudante, que já assistiu todos os outros filmes da série.

Escritor Luís Dill palestra em Pelotas

O autor infantojuvenil Luís Dill esteve em Pelotas durante todo o dia desta quarta-feira divulgando o seu novo livro Todos contra Dante, nos colégios São José e Mario Quintana, através de uma parceria entre a livraria Vanguarda, a editora Companhia das Letras e a direção das escolas. O escritor gaúcho, que já publicou 30 livros nos mais de 20 anos de carreira, conversou com alunos do ensino fundamental sobre bullying e outros assuntos relacionados à sua nova obra.

No Colégio São José, Luís Dill palestrou para cerca de 250 alunos de seis turmas de 7ª e 8ª séries. A supervisora escolar do Colégio, Naídes Elena Almeida de Souza, explica que a palestra do escritor gaúcho é parte de um projeto que está sendo desenvolvido na escola desde o início do ano. “O tema bullying foi trabalhado nas disciplinas de Português, inglês e Ensino Religioso, a partir do filme Coach Carter – Treino para a Vida”, conta.

Segundo ela, os alunos também fizeram leituras da obra de Luís Dill e a discutiram em sala de aula. “Nosso objetivo é estimular a reflexão entre os estudantes, mostrá-los que o tema faz parte de suas realidades”, salienta Naídes Elena de Souza. Para a aluna Ingrid Lopes, de 13 anos, o interessante do encontro com o escritor foi a possibilidade de discutir um tema que já havia sido visto em sala de aula. “É um tema muito atual, que está no nosso dia a dia. Achei a palestra bem interessante”, conta.

É a segunda vez que o escritor Luís Dill vem à Pelotas. “Sempre que posso estou em contato com os leitores. Gosto de pensar que nos encontros os alunos assimilam as idéias que quero passar”, afirma. De acordo com ele, o livro Todos contra Dante, que aborda o Bullying, surgiu a partir de uma notícia sobre uma jovem que foi agredida até a morte pelos seus colegas. “O caso me marcou. Passei a pesquisar sobre o assunto e, então, o transpus para a ficção”, explica.

O livro da minha vida..

  Harry Potter -  fenômeno literário


  A história do bruxo Harry Potter foi criada em uma viagem de Manchester para Londres, pela até então desempregada escocesa JK Rowling, hoje mais rica que a rainha da Inglaterra.
   A saga, que se transformou num sucesso multimídia, ganhou adaptação no cinema, e terá – ou não – seu ciclo fechado em julho de 2011, quando a segunda parte do último filme, Harry Potter e as relíquias da morte, será lançada.
    A aventura, que se passa na Escola de Magia e Bruxarias de Hogwarts, conta a trajetória de Harry Potter, que de empregado dos tios, torna-se um herói ao entrar em Hogwarts e inciar uma série de batalhas contra o vilão da saga, Lord Voldemort.
    Com mais de 400 milhões de livros vendidos, traduzidos para cerca de 67 línguas diferentes, a saga do bruxo Harry Potter, é símbolo dos anos 2000. Lançado inicialmente em 1997 após diversas recusas de editoras, que não acreditavam no sucesso de uma história infantil sobre magia, JK Rowling construiu a história de Harry e seus amigos em sete livros: Harry Potter e a pedra filosofal; Harry Potter e a câmara secreta; Harry Potter e o prisioneiro de Azkaban; Harry Potter e o cálice de fogo; Harry Potter e a Ordem da Fênix; Harry Potter e o príncipe mestiço e por fim, Harry Potter e as relíquias da morte.

O livro da minha vida é.. Harry Potter e a Ordem da Fênix

Henrique Barum, 15 anos, estudante do 2º ano do ensino médio do colégio São José, é fã da saga Potteriana desde os 9 anos, quando leu pela primeira vez Harry Potter e a Pedra filosofal, o primeiro livro da série. Em seguida ele virou fã incondicional de Potter e seu mundo, lendo todos os livros em sequência. Atualmente, Henrique é um dos colaboradores do Potterianos Pelotas, grupo de fãs da saga que se reúnem com certa frequência para trocar ideias sobre os livros e filmes da série. Além disso, o estudante é escritor e leitor de fanfics sobre HP, histórias criadas por fãs, misturando história original com inventada.

Confira a seguir a entrevista feita com o estudante:

Qual o livro consideras mais marcante em tua vida?  

Harry Potter e a Ordem da Fênix, 5º livro da saga Harry Potter
Porque além de ser o primeiro livro da saga que é verdadeiramente meu, o primeiro que eu ganhei, acho a história fascinante, e com toda a certeza, o melhor livro que J.K. já escreveu. Gosto muito da Pedra Filosofal também (primeiro livro da série) porque marca o início da saga, a formação do mundo mágico, e foi importantíssimo para a criação do ser que sou hoje.

Qual foi a primeira vez que lestes A Ordem da Fênix? 

Em junho de 2004, de lá pra cá já li o livro cinco vezes.

Tens o hábito da leitura?

Sim, dificilmente alguém me encontra sem um livro na mão. Amo ler e acho super importante.

Os fãs de Harry Potter costumam reclamar das adaptações cinematográficas dos livros. Qual a tua opinião sobre isso?

Os filmes geralmente são incompletos, e não mostram ou dão merecido destaque a algumas cenas e conseguem distorcer o que é posto no livro de maneira descomunal. Falta comprometimento com a integridade do livro, e mesmo sabendo que não se pode reproduzir o livro na íntegra, os diretores deveriam ter o mínimo de cuidado ao redigirem o roteiro.

Pra quem indicarias esse livro?

Para todo tipo de pessoa, porque a magia não é pertencente a uma única geração, ela pertence ao mundo inteiro, todas as idades.

Quem gosta desse livro, provavelmente vai gostar de ler..

- Percy Jackson e os Olimpianos

- As Fronteiras do Universo

E acho isso porque assim como J.K. fez com Potter, foi criado um mundo mágico, que apesar de possuir fatos reais, fatos históricos (como em Percy Jackson), envolve o leitor em um mundo totalmente novo, que provavelmente ele não se imaginou lendo, ou até vivendo.



                 Henrique e A Ordem da Fênix: livro que despertou a paixão pelo mundo Potteriano



Por Camila Monteiro

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Historiador realiza debate com professores


O autor Alfredo Boulos esteve em Pelotas conversando com professores da Rede Particular. Autor de coleções como: Construindo Nossa Memória, O Sabor da História e História, Sociedade e Cidadania, ele abordou algumas questões sobre o trabalho que realiza como escritor.
Alfredo Boulos conversa com professores da rede
 particular  de ensino

Boulos vê a abordagem das situações históricas como um dos desafios para os professores. No entanto, a possibilidade de estudar, simultaneamente, a história do Brasil com a história geral, possibilita uma compreensão mais objetiva dos fatos.

Para ele, um dos problemas é integrar a história local, nacional e a história mundial. Mas, no entender do autor, elas não são excludentes, “é possível estudar a história intercalando esses níveis”, enfatiza.

Questionado sobre a produção do livro didático, Alfredo diz que o papel do autor é o de originar, ou seja, o que ele produz são originais. A partir disso uma equipe composta por: mapistas, iconógrafos e os trabalhadores da indústria gráfica, são responsáveis pela finalização do material.
Na atualidade, a questão afro-descendente é considerada, pelo autor, como uma das temáticas de maior relevância na área da história. Em suas viagens pelo Brasil, ele percebe que está ocorrendo uma grande dedicação por parte dos professores, intelectuais e demais estudiosos da área da educação, para implementar a história da África e de seus descendentes na sala de aula.

O autor diz que o encontro com os professores é uma oportunidade interessante para perceber como ocorre o processo de ensino-aprendizagem na área de história. “Dessa maneira, ao escrever, considero a realidade de nossos estudantes e procuro responder as suas necessidades”, conclui.

Simone Ramos 

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Destaques gaúchos da Literatura

Na tarde de segunda-feira (15) foram escolhidos os campeões do Prêmio Fato Literário 2010 

Aldyr Schlee ficou conhecido ao criar
o uniforme "canarinho" da seleção brasileira 
A ONG Cirandar e o escritor Aldyr Garcia Schlee ganharam o Prêmio Fato Literário 2010 nas categorias projeto literário e personalidades, respectivamente. O evento aconteceu ontem (15) no Clube do Comércio, em Porto Alegre, e também premiou o projeto Festipoa Literária através da votação popular, que chegou, conforme o site Clic RBS, aos 29 mil votos.

Em 2010 houve oito indicações aos prêmios. Os indicados na categoria personalidades, além do vencedor Aldyr, foram também Kathrin Rosenfield, Lya Luft e Verônica Stygger. Os indicados na categoria projeto literário, juntamente com a Festipoa e a ONG Cirandar, foram a revista Norte e o Gauchão de Literatura

Aldyr Garcia recebeu e a ONG Cirandar, como foram escolhidos pelo júri oficial, receberam R$ 20 mil reais e a Festipoa recebeu R$ 10 mil pela premiação. Os indicados sempre são escolhidos pelo júri oficial, composto por jornalistas , escritores e pessoas ligadas à literatura da comunidade gaúcha, em conjunto com o júri popular através de votações por cupons ou pela internet.


O que é o Fato Literário?

O Prêmio foi criado em 2003 pelo Grupo RBS com apoio da Caixa Econômia Federal e tem a intenção de destacar e premiar obras, instituições ou pessoas que marcaram o cenário da literatura gaúcha.  
     


Pricilla Farina
    

31ª Feira do Livro de São Lourenço do Sul começa dia 1º de dezembro

Com a intenção de continuar trazendo ao município as preocupações e debates sobre as transformações culturais de hoje, a 31ª Feira do Livro de São Lourenço do Sul, que vai de 01 a 05 de dezembro, tem o nome "Versando Mudanças!" como tema desta edição.

A programação da Feira está sendo realizada pela Casa de Cultura de São Lourenço do Sul, que no dia 13 de novembro divulgou a 31ª Feira no Sábado Cultural, com apresentações e programações que valorizam a cultura local e que ocorre sempre no calçadão do centro da cidade. Neste dia foram distribuídos 30 livros de variados estilos ao redor do município com a intenção de que estes mesmos livros sejam repassados a outras pessoas para que todos tenham como interagir com a comunidade e despertar o gosto pela leitura. 


Em 2009 o tema "O Mundo em Transformação" trouxe como patrono o escritor Juremir Machado da Silva. Este ano o patrono escolhido para a 31ª Feira do Livro foi o cantor e escritor Gabriel, O Pensador. Gabriel já lançou os livros  "Um Garoto chamado Rorbeto", que levou o Prêmio Jabuti 2006 de melhor livro infantil, e "Diário Noturno". 

Posteriormente a programação da 31ª Feira do Livro de São Lourenço do Sul poderá será ser conferida no site da Prefeitura do município. 


  

Pricilla Farina. 

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Centenário da Diocese é tema de livro

Lançamento ocorre as 18h no último dia da Feira do Livro de Pelotas

Na tarde chuvosa e de vento que marca o último dia da Feira do Livro na cidade, será lançado o livro intitulado “100 anos: mais compromisso, eucaristia e missão”, que conta a obra do Centenário da Diocese de Pelotas.


O livro é dividido em quatro partes e conta a vida de cinco bispos de Pelotas, a história de suas paróquias e da pastoral diocesana. "Estamos coletando estas informações há três anos”, afirma Marcelo Alves, um dos organizadores do livro.

Se você quiser conferir, o lançamento acontece no estande da livraria Vanguarda, na 38ª Feira do Livro de Pelotas, a partir das 18h.


Capa do livro que conta a história da diocese de Pelotas





Manoela Soares

Leitura e infância: uma relação indispensável

O prazer pela leitura é um hábito que perpassa gerações. As famílias que despertam nos filhos o interesse pelas obras literárias, contribuem para o crescimento integral dos seus filhos. No caso do aluno de 6º série, do Colégio São José, Pedro Muraro, 12 anos, ler é uma atitude que ele não quer mais abandonar. A família o incentivou desde muito pequeno a ter o hábito da leitura.

Nas 1ª e 2ª séries, ele conta animado que leu toda a coleção do Harry Potter. “Eu demorava mais tempo, mas consegui chegar ao fim de todos”, comenta.  

Confira, a seguir, como Pedro convive com o universo literário:

Com o incentivo da família, Pedro, de 12 anos,
 fala com carinho sobre os livros
1.Qual livro mais gostaste de ler?  
A coleção que mais gostei, até hoje, foi Percy Jackson. Os livros falam da mitologia grega. Mas, o diferencial desses livros é que eles falam da história antiga com pessoas modernas, atuais. Por exemplo: uma deusa grega da nossa época, dona de uma loja de estátuas...Fica muito interessante esse jeito de relatar a história.

2.Como a leitura te ajuda na sala de aula? 
Como leio muito, tenho mais facilidade para interpretar, para escrever e consigo relacionar o assunto do livro com os temas que já foram trabalhados em sala de aula, não apenas na aula de português, mas de história, geografia, matemática e outras.

3. Tens alguma dica para as pessoas que não têm o hábito da leitura? 
Acho que é importante conhecer o que as pessoas gostam e, a partir disso, procurar ler na área que interessa. Eu procuro fazer isso com meus amigos, saber se eles apreciam esporte, música, filmes e, sugiro alguns tipos de livros, de acordo com o esses assuntos.


Simone Ramos

domingo, 14 de novembro de 2010

O livro da minha vida..

Renuncia - O sucesso dos livros e filmes espíritas


Allan Kardec, considerado o "pai" do espiritismo define a doutrina espírita/kardecismo como "uma ciência de observação que ao mesmo tempo é uma doutrina filosófica. Como ciência prática ele consiste nas relações que se estabelecem entre nós e os Espíritos; como filosofia compreende todas as consequências morais que dimanam dessas mesmas relações." No Brasil - e no mundo - Chico Xavier é considerado um dos maiores nomes do espiritismo, tendo psicografado mais de 400 livros. O escritor morreu aos 92 anos em 2002, mas seus livros ganharam enorme destaque no último ano com a produção de dois filmes relacionados à vida dele: o primeiro Chico Xavier, contando sua trajetória, e o segundo, Nosso Lar, atribuido ao espírito de André Luis, conta a história pós-morte do jovem, chegando ao Plano Espiritual (uma espécie de colônia espiritual).



Os  filmes de ambos os livros do escritor bateram recordes de bilheteria para o cinema nacional; juntos arrecadaram mais de 12 milhões de reais, nas primeiras semanas de exibição. Regina Azevedo, professora aposentada, e kardecista, afirma que essa atenção e popularização dos livros de Chico Xavier é excelente, principalmente na disseminação do espiritismo. Regina frequenta o Centro Espírita Jesus e diz que o filme foi um ótimo chamariz para a religião: "Muita gente nova foi até o Centro, buscando entender a dinâmica do grupo". A Rede Globo também apostou no sucesso do espiritismo, e no inicio desse ano lançou "Escrito nas Estrelas", exibida às 18 horas. A novela, mostrou os limites existentes entre o plano físico e espiritual através do debate dos aspectos éticos da ciência genética, e teve ótimos índices de audiência. 


A seguir, confira as perguntas feitas à Regina, sobre o livro de sua vida:


O livro da minha vida é.. Renuncia (Chico Xavier)




Qual o livro consideras mais marcante em tua vida?  


Renuncia, psicografado por Chico Xavier através do espírito de Emanuel.

Qual foi a primeira vez que lestes Renuncia? 

Não lembro exatamente a primeira vez, mas já li o livro mais de três vezes.

Qual a história do livro?

O livro conta a história de dois espíritos completamente diferentes: Alcíone é evoluída e Carlos é um espírito atrasado - não conseguiu evoluir moralmente. Eles se apaixonam em vidas anteriores e Alcione reencarna várias vezes para tentar transformá-lo em um espírito melhor, mais evoluído. A história se passa em diferentes séculos, incluindo a época da Inquisição, onde Alcione é reencarna como freira e Carlos como um padre inquisidor. Ao longo do livro ela se sacrifica muito por Carlos.

Pra quem indicarias este livro?

Para jovens e adultos. A história é fácil de ler, apesar de extensa - são 500 páginas - porém o conteúdo por vezes é pesado.

Quem gosta desse livro, provavelmente vai gostar de ler..

Nosso Lar (Chico Xavier), Livro dos Espíritos (Kardec), Escravos da Ilusão, escrito pela pelotense Ana Maria Vargas. 


Por Camila Monteiro

Tarde de autógrafos na Feira do Livro

Antonio Heberlê lançou dois livros na 38ª edição da feira em Pelotas



Durante sessão de autógrafos, Antônio Heberlê, na Feira do Livro (Foto: Felipe Nyland)

A tarde da última sexta (12.11) foi bem movimentada na sessão de autógrafos e no estande da Embrapa da Feira do Livro. Isso porque o pesquisador da instituição e também professor da Universidade Católica de Pelotas, Antonio Heberlê lançou dois novos títulos.

Um deles, “Transgressão Transgênica – a história dos transgênicos no sul do Brasil”, conta como o assunto surgiu publicamente nos jornais em 1995 e passou a evoluir em 1996 com a entrada da soja transgênica nas lavouras chegando a ocupar o principal destaque das mídias no ano de 1999. “O livro é uma fonte de dados sobre como os diferentes setores da sociedade se posicionaram sobre este tema nos últimos anos”, afirma Heberlê.

O outro livro, intitulado “Gestão do conhecimento”, em que Heberlê é co-autor, é de autoria do também pesquisador da Embrapa, Márcio Magnani. A proposta é uma discussão sobre a importância desta temática em instituições diretamente ligadas as áreas de conhecimento, como a própria Embrapa. É um livro dedicado, principalmente, a alunos e estudiosos do assunto.


Para Heberlê, mesmo não sendo a primeira vez que autografa e que lança livros, a sensação é sempre mágica, como ele mesmo define. “Esses livros me aproximaram hoje, de pessoas diferentes, e que provavelmente eu nunca mais vou encontrar na vida. Mas o meu livro estará sempre lá, na casa delas. Outra pessoa pode chegar, ler o meu livro, sem que eu saiba. Isso é mágico”.


Manoela Soares

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

O que você está lendo?

Baseado na colaboração entre os usuários, Skoob mistura sistema de catalogação com redes sociais

Ao entrarmos no "quem somos?" do site Skoob, temos a seguinte resposta: Você. É isso, o skoob sem a sua colaboração não é nada. O site, tem um sistema muito bom para organização de livros. Lá o usuário pode marcar os livros que já leu, os que está lendo, quais livros pretende ler, se está relendo algum e quais ele abandonou, e não indica. Ainda é possível avaliar e criar resenhas sobre os livros lidos, agregando valor a comunidade. 

A rede permite aos usuários troca de informação na seção de comentários da página pessoal de cada um (recado), além de ter um sistema que mistura orkut, facebook e twitter, com perfis dos amigos e pessoas que te seguem e que o próprio usuário está seguindo.
Os livros preferidos, podem ser favoritados (representados por um coração), e os que o usuário possui, podem ser marcados com o "tenho", assim como também existe a opção "desejados" (livros que queremos ler). Corroborando a cultura colaborativa, o site possui um sistema de tags mais populares, facilitando a procura de títulos e autores de determinados livros.

Sistema de tags do Skoob

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

A história de um viajante

Livro que fascinou Felipe conta uma viagem inesquecível do próprio autor
Felipe Nyland é aluno do 7º semestre de jornalismo da Universidade Católica de Pelotas, apaixonado por fotografia, música e livros. Ultimamente anda lendo bastante, divide-se entre os livros sobre fotografia (que são vários) e On the Road – Pé na estrada, escrito por Jack Kerouac.

“Eles não são livros comuns” afirma o estudante. Não são mesmo. Além da paixão pela imagem, que o faz acompanhar diferentes livros de fotógrafos famosos, Felipe On the Road pela segunda vez.








Apaixonado pela história contada por Jack Kerouac e identificando-se com o autor, Felipe explica o porquê de estar lendo (em menos de dois anos) o livro pela segunda vez. “Quando li, em janeiro de 2008, o livro era emprestado, mas era daqueles livros que a gente quer ter em casa. Comprei e não deu outra, tive que ler, agora, o meu livro”, diz ele.
De acordo com Felipe, o melhor do livro é despertar sensações nas pessoas. Segundo ele, On the Road incentiva a aventura, a viajar, a “curtir o que a vida tem de melhor” como define o leitor.
“É a história de uma época interessante. Enquanto os Estados Unidos estavam em guerra, os hippies tinham outras ideologias e levavam a vida em busca de paz”, afirma.
A identificação com o autor já fez Felipe comprar o livro Geração Beat. A próxima compra de livro do estudante será Os vagabundos iluminados, do mesmo autor.
Mas a paixão por On the Road ultrapassa as páginas de leitura. “Um dos meus grandes sonhos é, assim como o autor, viajar e passar muito tempo conhecendo lugares diferentes, culturas diferentes, pessoas diferentes. Se eu pudesse escolher uma história para ser a da minha vida, escolheria essa”.


Manoela Soares

Multimídia: dos livros para a tv

Emissoras investem cada vez mais em sucessos literários adolescentes


Seja por falta de criatividade, ou esperteza - visando lucrar em cima do mercado teen - as emissoras norte-americanas The CW e ABC Family, têm como carros-chefe dos canais três séries baseadas em livros: The Vampire Diaries (Diários do vampiro)(The CW), Pretty little liars (ABC) e Gossip Girl (The CW). A maior audiência da emissora atualmente é The Vampire diaries, que conta a história dos vampiros e irmãos Salvatore, que disputam o coração de Elena, a "mocinha" da história. A saga, escrita por L.J. Smith (Lisa Jane Smith), será finalizada em março do ano que vem, com o título "The Return: Midnight". A autora já publicou seis livros contando a história dos Salvatore, quatro deles já foram traduzidos aqui no Brasil: O despertar, O confronto, A fúria e Reunião sombria. Os livros, originalmente lançados em 1991, só obtiveram sucesso depois de serem transformados em série televisiva. Na tv, Nina Dobrev, Ian Somerhalder e Paul Wesley dão vida a Elena Gilbert, Damon e Stefan Salvatore, personagens centrais da história. A série já está na segunda temporada.

Pretty little liars é uma espécie de "Desperate Housewives" versão adolescente, com menos drama e mais suspense. A história é baseada nos segredos obscuros entre as amigas Aria, Spencer, Hannah e Emily, que tem suas vidas transformadas em inferno, quando Alison, a "abelha rainha" do grupo, desaparece, e mensagens com tom de ameaça começam a brotar. A série televisiva está em sua primeira temporada, já confirmada para sua continuação.

Gossip Girl é uma série inspirada nos mais de treze livros escritos por Cecily Von Ziegesar. Além desses treze, a autora escreveu spin-offs, e dez livros sobre "the it girl", no caso, a personagem Jenny Humphrey. A série conta a história de jovens afortunados, que estudam nas melhores escolas e Universidades de Nova Iorque. Na televisão a série foi adaptada por Josh Schwartz, criador da popular The O.C e Chuck. Blair Waldorf, Serena Van Der Woodsen, Chuck Bass, Jenny e Dan Humphrey e Nate Archibald formam o grupo principal de personagens da série. Gossip Girl estreiou na televisão em 2010 e já está em sua quarta temporada.





Por Camila Monteiro

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Uma disputa em que todos são vencedores

Campeonato de Literatura traz nas regras de futebol o bom humor em debates sobre livros

Símbolo do Campeonato de
Literatura dos Gaúchos
Mesclar regras de futebol com literatura. Estipular juízes, marcar jogos de livros e explicar minuciosamente o porquê do placar num site que permita a qualquer um também ser comentarista. A ideia surgiu com Lucas Murtinho, um economista carioca que criou o "Copa de Literatura", baseado no projeto Tournament of books, um torneio mata-mata onde os jurados escreviam resenhas sobre livros já estipulados a partir de alguns critérios e selecionavam os ganhadores. 


Com o intuito de tornar esse projeto algo mais regional para valorizar os escritores gaúchos, surgiu o "Gauchão de Literatura". A idealização foi de Rodrigo Rosp, com a coordenação-geral de Luciana Thomé e uma comissão organizadora. O projeto começou com o primeiro jogo no dia 10 junho deste ano. Para estabelecer os times, ou melhor, os livros deste campeonato, foram estipuladas algumas regras: seriam livros de contos, editados em 2008 e 2009 de autores gaúchos ou que já vivessem há algum tempo no Rio Grande do Sul.


A ideia principal é promover debates entre os visitantes do site e fazer com que os juízes leiam os dois livros, elaborem uma resenha crítica, apresentando os pontos positivos ou negativos de cada adversário e estabeleçam o placar, criando regras parecidas com o futebol para estipular um vencedor a cada partida. Os jogos sempre entram no ar às segundas e quintas a partir das 10 horas e este ano 27 livros participam do Campeonato Gaúcho de Literatura. A previsão da comissão é de que o vencedor seja conhecido em dezembro. Participe desta iniciativa e se aventura como comentarista de contos!

Equipe


Promovendo a literatura gaúcha e fazendo com que leitores locais ou não conheçam autores que por um motivo ou outro não recebem tanto destaque da mídia, mas que produzem textos com a melhor qualidade, no projeto Gaúchão da Literatura trabalham, além da Luciana e do Rodrigo, também: Ana Mello, Carlos André Moreira, Daniel Weller, Fernando Ramos e  Marcelo Spalding. A cada ano o campeonato irá variar o gênero literário das competições. Para 2011 os livros de romances ou novela, de narrativas longas, serão os contemplados.


A Luciana Thomé reservou um tempo do seu trabalho na Feira do Livro de Porto Alegre, na qual o projeto está participando, para responder algumas perguntas sobre o Gauchão. As respostas da Luciana podem ser lidas neste link: Gauchão da Literatura- Entrevista.


Projeto vai repassar livros às bibliotecas


A comissão do Gaúchão de Literatura vai montar kits com os livros que participaram do Campeonato este ano e doarão estes exemplares a cinco ou seis bibliotecas da região de Porto Alegre. "Queremos que os livros continuem circulando mesmo com o término da edição", disse Luciana.
 


Finalistas do Prêmio Literário


O Gauchão da Literatura está entre os finalistas do Prêmio Fato Literário 2010, prêmio com produção do grupo RBS que se divide em duas categorias: projetos e personalidade, com três indicações em cada uma das categorias. A votação vai até o dia 12 de novembro e pode ser feita através do site Fato Literário ou na Praça da Alfândega, no estande da RBS da Feira do Livro de Porto Alegre.

A magia de ler perpassa gerações

Aos 67 anos, a funcionária da Biblioteca do Colégio São José, Vera Maria Muniz da Silveira, relata a influência da literatura em sua vida. Animada com o tema da entrevista, ela diz que a magia da leitura renova nas pessoas o prazer de viver. Vera enfatiza, ainda, que o fato de ler proporciona criar outras realidades. 
Confira, a seguir, o relato dessa leitora encantada com o universo literário.  

Qual foi o teu primeiro contato com a leitura?
O primeiro material que li foi um Almanaque chamado Tico-Tico. Uma amiga de minha mãe emprestava para eu lê-lo, pois não tinha condições de comprá-lo. Além disso, à noite, mamãe sentava e contava histórias para mim e meus irmãos. Ela era ótima contadora de histórias. Isso foi essencial para que eu aprendesse a ler com rapidez e assumisse a contação de histórias em minha casa. 

E o trabalho na biblioteca do Colégio São José?
Pois é, quando entrei no São José, há aproximadamente 35 anos atrás, estava em outro setor. Todos sabiam de meu amor pelos livros e me foi confiada a biblioteca da escola para que eu a transformasse num espaço de acesso aos alunos, familiares e público externo. Assim o fiz. Promovi atividades diversas em que as crianças participaram ativamente. No aniversário da biblioteca, a turma que mais doasse livros para crianças menos favorecidas, ganhava o bolo de presente. Era um jeito simples de sensibilizar os pequenos, de fazê-los perceber que a leitura e, necessariamente os livros, precisavam estar nas mãos de todo o ser humano, independente das condições sociais. Com o meu trabalho aprendi que “quando queremos, fazemos acontecer”. 

Tens algum autor que marcou tua vida? 
Com certeza Monteiro Lobato, ainda que atualmente existam críticas com relação aos seus escritos. Independente disso, meu encanto por ele se dá pelo fato de falar das coisas simples da vida. Tudo tem sentido para quem o lê: a imagem da vó, da natureza, das comidas... São coisas palpáveis, próximas do nosso contexto. 

Como percebes as atuais produções literárias?
Os autores estão bastante preocupados, pelo menos os que nós temos como referência em nossa biblioteca, em trabalhar os valores. As histórias estão voltadas para questões sociais, para os conflitos da adolescência, para o cuidado com o meio ambiente. Acho essas abordagens fantásticas porque sensibilizam os leitores e humanizam a sociedade. 

Simone Ramos

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

O segredo das biografias

Por que a vida dos outros parece sempre mais interessante?

Todo mundo já ouviu a famosa frase: “A grama do vizinho é sempre mais verde”. E, pelo menos uma vez na vida, todo mundo já achou isso. A casa dos outros é sempre mais planejada, a roupa dos outros parece sempre mais cara, a festa dos outros é sempre mais badalada, a namorada dos outros é sempre mais carinhosa, a mãe dos outros é sempre mais liberal, e por aí vai. Achamos a todo momento que a vida alheia é mais importante e não nos damos conta de como nossa vida é interessante.

As biografias são um bom exemplo. Nunca falei, mas sou apaixonada por biografias. Gosto de ler sobre as pessoas, suas vitórias, seus fracassos, momentos de alegria e tristeza, casamento, filhos, obras. Se o João da padaria escrevesse uma biografia, provavelmente eu compraria – e provavelmente seria bem interessante. Todos temos uma boa história para contar.





Estou lendo Quase Tudo, biografia de Danusa Leão, irmã da cantora Nara Leão. O livro é ótimo, nem sinto a leitura passar! Aconteceram coisas extraordinárias na vida da ex-modelo. Ela foi famosa, teve entre grandes amigos o poeta Vinícius de Morais, o presidente Getulio Vargas, o arquiteto que “criou” Brasília Oscar Niemeyer, o escritor Rubem Braga, conheceu personalidades como o ditador chinês Mao Tse Tung e foi casada com Samuel Wainer, importante jornalista da época. Conheceu o mundo, posou para importantes e fotógrafos – entre eles Cartier Bresson – foi capa de grandes revistas e modelo de grandes campanhas. Mesmo assim teve momentos de infelicidade. Somos todos feitos de carne e osso.


Castelo de Vidro conta a história da vida da jornalista do The New York Times, Jannette Walls. Ele teve uma infância miserável, mudou-se diversas vezes – e
por isso não tinha amigos, contava apenas com a família – muitas vezes não tinha o que comer e, graças a um projeto social começou a escrever. Deu no que deu. É uma jornalista bem sucedida e trabalha em um dos maiores jornais do mundo.



Até a biografia de Maitê Proença me encantou. O livro Uma Vida Inventada, escrito – podem acreditar – pela própria atriz, não é apresentado como biografia, mas conta a vida de Maitê como se fosse uma personagem. Apesar de todo o preconceito inicial que tive com o livro, recomendo.


Fora essas, li outras biografias incríveis. Sou do time que pensa que todas as pessoas tem uma história que vale a pena ser lembrada – e lida por desconhecidos. Todos servimos ou serviremos de exemplo para alguém um dia. Nossa vida pode emocionar as pessoas mesmo quando achamos que ela é “tão banal”.

Se algum dia você resolver escrever a sua biografia me avise, que eu compro!

Manoela Soares